Crianças com pai participativo demonstram mais cooperação e autocontrole, diz estudo.

Por muito tempo, acreditou-se que a mãe tinha mais impacto na formação dos filhos do que o pai, mas a ciência vem mostrando que isso não é verdade. Os dois exercem um papel igualmente importante para o desenvolvimento da criança, como mostra um novo estudo da Universidade de Michigan.

Os cientistas analisaram dados de 730 famílias norte-americanas de 17 regiões do país, para descobrir os efeitos de pais com problemas como estresse e depressão no desenvolvimento dos filhos. O estudo descobriu que a saúde mental de pai e mãe tinha um efeito similar nos problemas de comportamento de bebês.

Quando o pai era participativo e não tinha nenhuma doença mental, as crianças tiveram um impacto positivo em longo prazo, demonstrando mais autocontrole e cooperação ao chegarem à quinta série.

Já quando o pai tinha estresse ou alguma doença mental, isso teve um impacto negativo no desenvolvimento cognitivo e de linguagem nas crianças de 2 e 3  anos, mesmo quando a interação da mãe era positiva. A influência afetou mais o desenvolvimento linguístico dos meninos do que das meninas.

Na conclusão, os pesquisadores defendem que a qualidade da relação que o pai tem com o filho e suas características pessoais têm muita influência no desenvolvimento social da criança. Para a psicóloga e presidente executiva da Solace Institute, Paula Emerick, o estudo comprova o que é possível perceber clinicamente no dia-a-dia. “Para existir equilíbrio, a criança necessita estar sob a influência dos dois modelos, de pai e de mãe”, afirma. “Eles são complementares e fundamentais para que o filho seja lançado na vida adulta, de forma mais estruturada, funcional e feliz”.

Porém, isso não significa que toda família que não tenha um pai presente, criará filhos desestruturados e com problemas emocionais. A figura paterna não necessariamente precisa ser o pai biológico, um tio, avô ou padrasto, pode desempenhar essa função, de acordo com a psicóloga. O importante é que ele esteja presente no dia-a-dia da criança, estabelecendo limites, e é claro, dando muito carinho e amor.

 

Fonte: Revista Crescer.Globo | Foto ThinkStock

Categoria:Notícias

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