Não espere um milagre financeiro, poupe!

“O dinheiro é para proteção (Eclesiastes 7:12).

Muitas pessoas esperam por um “milagre financeiro” acontecer, seja para sanar suas dívidas, seja para ganhar mais dinheiro e poder realizar sonhos. Mas será que devemos mesmo misturar nossa fé com nosso dever?

Quando digo fé, quero dizer nossa religião, nosso porto seguro, nosso momento com Deus. Ele não deve ser usado para pedir coisas, muito menos algo relacionado a dinheiro. E quando falo de dever, me refiro a nossa responsabilidade em obter a quantia necessária para a nossa sobrevivência, e mais que isso, nosso comprometimento em nos reeducarmos financeiramente para evitar problemas mais sérios, como endividamento inconsciente e até inadimplência.

Algumas passagens bíblicas mostram bem este assunto. Vejamos: “O dinheiro é para proteção (Eclesiastes 7:12)”. “Por exemplo, com dinheiro, você compra as coisas necessárias para viver — como alimento e remédios (Tessalonicenses 3:12)”. Em Timóteo 5:8, fica claro que o dinheiro também serve para cuidar da família: “Se alguém não fizer provisões para os seus próprios, e especialmente para os membros de sua família, tem repudiado a fé”.

Ou seja, os recursos financeiros são importantes e necessários, isso é inegável, mas esperar que a estabilidade financeira esteja garantida pela fé é um equívoco muito sério. Essa prática pode ser considerada até mesmo uma blasfêmia. Por meio do trabalho sério e honesto, ganha-se o dinheiro necessário para viver a vida com dignidade e realizando sonhos, individuais e da família.

Então, para que se consiga alcançar a plenitude em todos os âmbitos da vida, é essencial que a questão financeira esteja bem resolvida e delimitada. Assim, sobra-se mais tempo e disposição para outros assuntos importantes, como a espiritualização, a fim de agradecer mais e pedir menos.

Para auxiliar nesse processo, compartilho com vocês quatro passos que farão com que a vida financeira esteja alinhada e sob controle:

Diagnosticar – Saber exatamente quais são os ganhos mensais e para onde está indo cada centavo do dinheiro. Uma dica é separar as despesas por categorias; assim, é possível analisar com o que está sendo gasto e diminuir ou cortar os supérfluos e excessos. Terá uma visão micro e macro das finanças, podendo, a partir daí, fazer planejamentos.

Sonhar – Estabelecer objetivos/metas com clareza e o máximo de informação possível. Listar, pelo menos, três sonhos: um de curto (até um ano), um de médio (de um a dez anos) e outro de longo prazo (acima de dez anos), sabendo quanto custam e quanto poderá poupar mensalmente para cada um. Direcione aqueles valores que conseguiu cortar dos gastos do dia a dia para essa finalidade.

Orçar – O que realmente importa pra vida, satisfações pequenas e pontuais, por meio de compras impulsivas – e até compulsivas –, ou realização de sonhos? Então, é importante aprender um novo jeito de realizar um orçamento financeiro. A maioria das pessoas aprendeu a fazer o orçamento financeiro da maneira errada, realizando a conta Ganhos (-) Gastos = Lucro/Prejuízo. O grande segredo é fazer Ganhos (-) Sonhos (-) Gastos.

Poupar – Guardar parte dos recursos financeiros que se ganha (no momento em que se recebe) para realizar os sonhos. Procurar saber os melhores investimentos de acordo com o prazo que deixará o dinheiro rendendo. Dessa forma, com os juros trabalhando a seu favor, os objetivos serão alcançados antes mesmo do que se imagina.

Podemos sim ter fé e acreditar que algo bom vai acontecer – seja em relação a dívidas ou objetivos a serem realizados, mas não podemos nunca nos apoiar exclusivamente nela, sem lutar pelo bom resultado.

 

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Fonte: Gospel Prime

Categoria:Artigos

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